Líder do governo no Congresso pretende aumentar pena para incêndio criminoso - David Gouveia Notícias

Última

18 de setembro de 2024

Líder do governo no Congresso pretende aumentar pena para incêndio criminoso

Randolfe Rodrigues apresentou projeto que prevê alterações na Lei de Crimes Ambientais e na Lei de Licitações

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP) pretende endurecer a pena para incêndios criminosos, em meio à intensificação das queimadas no país. A medida é defendida pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva. A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Segundo a publicação, o senador apresentou um projeto que prevê alterações na Lei de Crimes Ambientais e na Lei de Licitações, além do Código Civil. As mudanças estão relacionadas às sanções para quem atear fogo em áreas florestais, rurais e de preservação ambiental.
De acordo com a proposta, aquele que provocar incêndios em mata ou floresta estará sujeito a uma pena de quatro a dez anos de prisão e multa. A pena seria aumentada em um quarto quado o crime for cometido em terras indígenas e quilombolas, em área de preservação, por funcionário público no exercício de sua função e por duas ou mais pessoas.

Hoje, a pena prevista na Lei de Crimes Ambientais é de dois a quatro anos de prisão e multa. Ou seja, a pena máxima atual passaria a ser a mínima se o PL for aprovado.

Fora isso, o projeto estipula a suspensão, após o trânsito em julgado, de todas as atividades econômicas nas áreas afetadas pelo incêndio pelo prazo de até dez anos; a sustação de empréstimos ou financiamentos concedidos com recursos públicos ou subsidiados pelo Poder Público; a proibição de conceder novos financiamentos, créditos, subsídios ou qualquer incentivo público ao infrator em até 10 anos; e impedimento de participar de licitações.

Os impactos a quem cometer incêndio criminoso vão além: devedor que for condenado pelo crime no exercício de atividade rural ficará impedido de pedir recuperação judicial por cinco anos. Pelo mesmo período, fica vedada a inscrição de empresário rural.

“Com a instituição de novas sanções como, por exemplo, a impossibilidade de receber subsídios e financiamentos do Poder Público, em caso de condenação, objetiva-se dar a devida importância ao problema – que ameaça toda a coletividade -, e deixar claro que o Brasil não pode ser feito de playground para agradar os interesses de alguns poucos em detrimento do equilíbrio do meio ambiente e da saúde do povo brasileiro”, diz a justificativa do líder do governo no Congresso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Responsive Ads Here