PF prende quatro 'hackers' suspeitos de invadir celular de Moro - David Gouveia Notícias

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23 de julho de 2019

PF prende quatro 'hackers' suspeitos de invadir celular de Moro

Polícia Federal prendeu nesta tarde quatro pessoas suspeitas de de envolvimento na invasão de celulares de Sergio Moro e de procuradores da Lava Jato; prisões ocorreram em São Paulo, Ribeirão Preto e Araraquara; operação foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília

  A Polícia Federal prendeu nesta nesta terça-feira (23) quatro pessoas no interior de São Paulo, suspeitas de envolvimento da invasão de celulares do ministro Sergio Moro (Justiça) e de procuradores da Operação Lava Jato.

Na Operação Spoofing, a PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, em Araraquara e Ribeirão Preto. “As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados”, informou a PF.

Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é. A operação mira uma ‘organização criminosa que praticava crimes cibernéticos’.

A narrativa de um hacker que teria invadido os delulares do então juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato foi divulgada depois das revelações do site The Intercept Brasil, que mostrou ao País e ao mundo o conluio formado entre juiz e procuradores em várias ações da Lava Jatro, incluindo a ação que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Leia também matéria da Agência Brasil sobre o assunto:

Policiais federais detiveram hoje (23), no estado de São Paulo, quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os detidos também são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro.
Em nota, a Polícia Federal se limitou a informar que os quatro suspeitos foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e integram uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica, que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.


Ainda de acordo com a PF, as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados. Procurado, o ministro Sergio Moro ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A assessoria da PF informou que, por ora, não fornecerá detalhes a fim de não atrapalhar as investigações.

No começo de junho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que hackers tinham tentado invadir o telefone celular de Moro. De acordo com a pasta, o ministro só percebeu a tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Após a chamada, Moro recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que o ministro afirma que já não usava há cerca de dois anos. Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a Polícia Federal.

Dias depois, trechos de mensagens que o ministro trocou com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), passaram a ser divulgados por veículos de imprensa, principalmente, pelo site The Intercept Brasil. Segundo o site, os arquivos foram entregues por uma fonte anônima.

Brasil247

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