Texto fixa os gastos federais em R$ 3,5
trilhões no próximo ano, valor que inclui despesas com juros e
amortização da dívida pública (R$ 1,7 trilhão)
Em uma votação relâmpago, o plenário do Congresso Nacional aprovou há
pouco o Orçamento Geral da União para 2017, que fixa os gastos federais
em R$ 3,5 trilhões e estabelece o salário mínimo de R$ 945,80 para o
próximo ano. Com a aprovação, o texto segue agora para sanção
presidencial.
A votação do Orçamento foi possível após um acordo entre o governo e
partidos da oposição. Pelo acordo, antes de aprovar a proposta
orçamentária, os congressistas analisaram e votaram nove vetos
presidenciais que trancavam a pauta.
Pelo acordo, seis foram mantidos. Os três restantes foram derrubados.
O primeiro restabelece a previsão de adicional de insalubridade para
agentes comunitários de saúde; o segundo trata da repactuação de dívidas
do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)
e o terceiro, da criação do Programa de Fomento às Atividades
Produtivas de Pequeno Porte Urbanas.
Após a análise dos vetos, o plenário do Congresso aprovou em bloco 33
projetos de lei com abertura de crédito suplementar para diversos
órgãos públicos e dois projetos de resolução.
Esse é o primeiro orçamento elaborado pelo Congresso com a regra do teto de gastos públicos, prevista em Emenda Cosntitucional promulgada na manhã desta quinta-feira.
O Orçamento estima em 1,3% o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB, soma das riquezas produzidas em um país) e em 4,8% a inflação. A
taxa Selic prevista é 12,11%, enquanto o câmbio médio foi projetado para
R$ 3,43 por dólar.
A proposta determina ainda que as despesas com juros e amortização da
dívida pública consumirão R$ 1,7 trilhão. Segundo o texto, R$ 306,9
bilhões serão destinados ao pagamento de pessoal na esfera federal, R$
90 bilhões vão para investimentos das estatais e R$ 58,3 bilhões para
investimentos com recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.
Essa última dotação subiu R$ 19 bilhões em relação à proposta original. O
aumento decorreu de emendas de deputados e senadores às despesas de
2017.
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David Gouveia Notícias
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