"Entre
outras coisas, concordei com outras pessoas em 1992 para facilitar a
aceitação de uma propina em relação à escolha da sede da Copa de 1998",
disse Blazer, que foi vice-presidente da Federação de Futebol dos
Estados Unidos e membro do comitê executivo da Fifa. O documento também
aponta que o mesmo mecanismo foi usado para dar à África do Sul a sede
da Copa de 2010.
Em
um documento publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos,
e que traz a confissão de Blazer, ele deixa claro que não foi o único a
receber o dinheiro. "Começando por volta de 2004 e continuando até
2011, eu e outros do Comitê Executivo da Fifa concordamos em aceitar
propinas em relação à escolha da África do Sul como sede da Copa de
2010", declarou o americano de 70 anos diante da corte dos EUA, no dia
25 de novembro de 2013.
Naquele
momento, Ricardo Teixeira era um dos membros do Comitê Executivo da
Fifa e votou pela África do Sul. O outro candidato a receber a Copa era o
Marrocos. A escolha dos sul-africanos foi marcada pela presença de
Nelson Mandela na Fifa, num dos momentos que a entidade mais se orgulha
em mostrar imagens. Blazer não cita nomes em sua confissão. Mas deixa
claro que a Copa foi comprada. Blazer é conhecido como o "senhor 10%" do
esquema de corrupção da Fifa. Pesando mais de 190 quilos, só de desloca
num carrinho elétrico, e costuma postar na internet fotos com fantasias
excêntricas, de diabo ou de mestre Jedi.
Há
uma semana, documentos do FBI indicaram também que os sul-africanos
haviam pago 10 milhões de dólares ao então vice-presidente da Fifa, Jack
Warner, em troca de votos. Nesta quarta-feira, os sul-africanos negaram
que fosse suborno, mas sim de um programa social.
O
dinheiro ainda teria passado por Jérôme Valcke, secretário-geral da
Fifa, que nega qualquer envolvimento e se recusa a pedir sua demissão.
Blazer também confessou que recebeu propinas para os direitos de TV das
edições de 1996, 1998, 2000, 2002 e 2003 da Copa Ouro.
Fonte: Veja e Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário