A
presidente Dilma Rousseff lança oficialmente nesta segunda-feira (8) as
medidas do Pacto Nacional pela Saúde, que ela mesma já tinha anunciado
no dia 24 de junho como uma resposta às manifestações de rua que tomaram
conta do país.
O pacto prevê a contratação de médicos estrangeiros, como medida
emergencial, e a construção de hospitais e unidades básicas de saúde,
além da abertura de 11.400 vagas para cursos de graduação de médico e de
12.400 para médicos residentes até 2017.
Estão previstos incentivos para a fixação de médicos em lugares onde há
carência de profissionais, como a periferia das grandes cidades e os
municípios do interior.
A contratação de médicos estrangeiros sem passar pelo Revalida — o exame
obrigatório pelo qual os profissionais formados no exterior precisam
fazer para atuar no Brasil — é motivo de atritos entre o governo federal
e as entidades médicas.
Na Bahia, as opiniões são as mesmas. De acordo com a conselheira do
Cremeb, Hermila Guedes, o movimento não é contra a entrada de médicos
estrangeiros, desde que eles sejam submetidos e aprovados no processo de
revalidação de diplomas do MEC. “O movimento quer alertar sobre o
perigo que é a importação de médicos sem revalidar diplomas da forma
habitual que tem sido feito no Brasil”.
A
conselheira reforça que o Cremeb, o Conselho Federal de Medicina, a
Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos não são
contra a entrada de médicos, mas sim da forma como vem sido realizada.
Menos de 10% dos que tentaram o Revalida nos dois últimos anos foram
aprovados.
Déficit de profissionais
Os médicos de fora só poderão trabalhar em áreas onde o SUS tem carência
de profissionais, e apenas na atenção básica da saúde, sem poder
realizar procedimentos mais complexos, como cirurgias. A obrigatoriedade
do Revalida continuará valendo para o profissional que quiser ter a
liberdade de atuar em qualquer área do país.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o objetivo é que os
médicos formados no exterior possam trabalhar no Brasil já em 2013.
Informou ainda que os estrangeiros vão ter que passar por uma checagem
de três semanas em uma instituição de ensino, onde terão suas
habilidades avaliadas. Enquanto estiverem atuando no país, eles vão ter
seu trabalho acompanhado de perto.
No dia 25 de junho, o Ministério da Saúde também informou que, até 2015,
haveria 35.073 novos postos de trabalho abertos apenas com os
investimentos da pasta. Além disso, anunciou que outros profissionais da
saúde, como enfermeiros e dentistas, seriam contemplados com mil novas
vagas de residência até 2015.
O lançamento do pacto faz parte dos esforços da presidente para
recuperar sua popularidade, que teve forte declínio depois das
manifestações. Na semana passada, ela iniciou agenda de conversas com
movimentos sociais, políticos e empresários, e quer acelerar outros
programas.
Fonte:Bocão News
8 de julho de 2013
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Dilma lança nesta segunda-feira (8) plano para importar médicos
Dilma lança nesta segunda-feira (8) plano para importar médicos
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