Guerra na Ucrânia entra em seu terceiro ano com incerteza sobre ajuda militar dos EUA - David Gouveia Notícias

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24/02/2024

Guerra na Ucrânia entra em seu terceiro ano com incerteza sobre ajuda militar dos EUA

Ajuda militar dos EUA é considerada vital para a Ucrânia conter os avanços russos no conflito


 As principais autoridades do governo do presidente Joe Biden estiveram na Europa, em uma missão para acalmar o nervosismo relacionado à possibilidade do fim da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia. Enquanto a guerra na região entra em seu terceiro ano, a mensagem transmitida aos aliados foi de que Washington continuará a oferecer suporte, apesar dos desafios enfrentados.

No entanto, o cenário político nos Estados Unidos adiciona uma camada de complexidade a essa garantia. O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, republicano que tem bloqueado a aprovação de um projeto de lei de US$ 60 bilhões em novos recursos para a Ucrânia, apareceu em uma foto ao lado do ex-presidente Donald Trump.

“Até o momento, o governo de Biden tem descartado a possibilidade de discutir um plano B. Trump, favorito à indicação presidencial republicana e um crítico de longa data da Otan, tem ameaçado nas últimas semanas abandonar alguns aliados europeus caso eles sejam atacados pela Rússia”, destaca a CNN.

O contraste entre a visita das autoridades de Biden à Europa e a postura de figuras políticas nos EUA destaca os desafios enfrentados pelo governo se o Congresso não aprovar mais assistência militar. Essa ajuda é vital para a Ucrânia conter os avanços russos no conflito que já dura três anos.

Enquanto a vice-presidente Kamala Harris e outras autoridades do governo expressavam confiança durante um encontro sobre segurança ocidental em Munique, Kiev perdia território para a Rússia. A cidade de Avdiivka foi tomada por Moscou, marcando seu maior ganho nos últimos nove meses.

O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, alertou na terça-feira que a situação piorará se o Congresso não agir. Ele atribuiu a perda de território à escassez de armas causada pela inação do Congresso, destacando a urgência da situação.

O Senado, na semana passada, aprovou um projeto de lei de US$ 95 bilhões que forneceria assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan. Contudo, Johnson não levou a medida para votação na Câmara, enviando-a para um recesso de duas semanas.

Se aprovado, o financiamento elevaria o investimento total dos EUA no conflito para US$ 170 bilhões. No entanto, a Câmara não deve considerar o projeto antes de meados de março, ampliando a incerteza sobre o futuro da assistência militar à Ucrânia.

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