Ex-funcionário da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Nogueira contou que a primeira mansão onde o mandatário viveu com a segunda mulher, Ana Cristina Siqueira Valle, foi comprada com “dinheiro por fora”. O relato foi feito em entrevista ao UOL.
À publicação, ele relatou que começou a trabalhar para o casal em 2002, na campanha de Flávio Bolsonaro para deputado estadual, e que em seguida foi convidado para realizar serviços na residência localizada na Barra da Tijuca (RJ), recém comprada pela família.
O funcionário contou que quando limpava o escritório e organizava papéis, na mudança, se surpreendeu com o valor da escritura do imóvel, que hoje está avaliado em cerca de R$ 3 milhões, e comentou com a patroa. Segundo Marcelo, ela minimizou os custos e confidenciou que “sempre tem um por fora”.
“Quando ela comprou aquela casa da Barra, na época, por R$ 500 mil na documentação. Só que foi mais, que foi dado em dinheiro vivo, por trás”, contou o ex-empregado.
A mansão onde o casal viveu entre 2002 e 2007 consta no levantamento feito pelo UOL, que apontou que ao menos 51 imóveis da família Bolsonaro foram adquiridos total ou parcialmente por meio de dinheiro em espécie.
Segundo o site, a escritura de promessa de compra e venda lavrada por Bolsonaro e Cristina no 24º Ofício de Notas em 19 de agosto de 2002 aponta que a casa foi negociada por R$ 500 mil. Apesar disso, na época o valor avaliado para cálculo de imposto era de R$ 874,1 mil.
Conforme acertado com os antigos proprietários, o casal pagou R$ 160 mil por meio de cheque no ato da compra e outros R$ 250 mil deveriam ser pagos até o dia 19 de dezembro de 2002. No cartório, eles declararam que haviam pago R$ 90 mil como sinal, sem especificar a forma de pagamento ou quando a venda foi oficializada.
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