Foto: Fabio Caffe/Divulgação |
O Brasil não sabe a dimensão do trabalho infantil no país desde 2017. A informação é do jornal O Globo, segundo o qual o último levantamento sobre o assunto foi feito em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados referentes a 2016 foram divulgados no ano seguinte.
Na ocasião, 2,3 milhões de crianças e adolescentes trabalhavam. O número gerou polêmica, porque houve modificação nos parâmetros da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
O IBGE excluiu as crianças e adolescentes que trabalhavam para o consumi próprio, o que contabilizou 1,8 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 trabalhando. Considerando o dado, o número subia para 2,3 milhões.
A divulgação dos dados referentes a 2017 e 2018 devia acontecer em junho do ano passado, mas foi adiada. Com isso, os dados dos dois anos e de 2019 devem ser divulgados em dezembro.
O assunto voltou à discussão depois que o presidente Jair Bolsonaro incentivou o trabalho infantil. Ao comentar o impacto econômico da pandemia sobre estabelecimentos comerciais, durante evento do setor de bares e restaurantes na terça (25), Bolsonaro lembrou de quando trabalhou num bar na infância. “Bons tempos”, ele classificou.
O Decreto 6.481, de 12 de junho de 2008, lista a venda de bebidas alcoólicas entre as piores formas de trabalho infantil no varejo. Isso porque é considerada “prejudicial à moralidade” da criança.
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