Crítico do governo Bolsonaro, Paulo Henrique Amorim é afastado da RecordTV - David Gouveia Notícias

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25/06/2019

Crítico do governo Bolsonaro, Paulo Henrique Amorim é afastado da RecordTV

Após 14 anos no ar, jornalista de esquerda dono do blog Conversa Fiada segue "à disposição para novos projetos", diz nota publicada pela emissora


Um dos jornalistas mais conhecidos do Brasil, o veterano Paulo Henrique Amorim foi afastado da RecordTV após 14 anos no ar no comando do Domingo Espetacular. Dono do blog Conversa Fiada e crítico do governo Bolsonaro e do ministro Sergio Moro, o apresentador sofre uma grande pressão desde 2014, quando a polarização política se acirrou no país.

Segundo informações do Notícias da TV, do UOL, Paulo Henrique se reuniu com a Record na última segunda-feira (24), quando foi comunicado que estaria de fora do programa. O jornalista, que tem contrato até 2021, não será demitido e deve permanecer “à disposição” da emissora para eventuais “projetos”.

“Paulo Henrique Amorim deixa o programa e permanece na emissora à disposição para novos projetos”, diz trecho da nota oficial publicada pela RecordTV. O texto anuncia ainda que o Domingo Espetacular, a partir do próximo domingo (30), será apresentador por Patrícia Costa e Eduardo Ribeiro.

“As mudanças fazem parte do processo de reformulação do jornalismo da Record TV, que está sendo implementado pelo vice-presidente de jornalismo da Record TV, Antonio Guerreiro, desde janeiro deste ano”, finaliza a nota.

O repórter especial com passagens pelo Jornal da Record, Eduardo Ribeiro foi promovido ainda em março para o Domingo Espetacular, o que já indicava a saída de Paulo Henrique Amorim. Ribeiro, inclusive, foi o primeiro jornalista da emissora a entrevistar o presidente Jair Bolsonaro (PSL), logo após a sua vitória nas eleições.

Paulo Henrique Amorim é um dos responsáveis por popularizar o termo PIG, Partido da Imprensa Golpista, formado segundo ele por veículos como a Rede Globo e a Veja.

“É o partido formado pela Globo e por suas subsidiarias, a Folha e a Veja, que norteiam o golpe contra governos trabalhistas. Foi assim com Vargas, Juscelino, com Jango e agora com a Dilma e o
Lula. Essa expressão veio com o Ferro [deputado]. Ele fez um artigo sobre o partido da imprensa.

Depois eu achei melhor chamar de PIG, que em inglês é porco”, explicou em entrevista à Rádio Metrópole, em 2015.

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