(Foto: José Cruz/Agência Brasil) |
O levantamento do Ipsos, porém, não
estima as chances eleitorais dos presidenciáveis. A pesquisa mede apenas
as taxas de aprovação e desaprovação de uma lista de personalidades, a
maioria do mundo político.
Em junho, o ex-presidente era aprovado
“um pouco” ou “totalmente” por 28% dos brasileiros, segundo o instituto.
Nos meses seguintes, a taxa passou para 29%, 32%, 40%, 41%, 43% e,
finalmente, 45%. Já a desaprovação caiu 14 pontos porcentuais desde
junho.
Para Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos,
a mudança de percepção sobre o ex-presidente está vinculada à crise da
rede de proteção social no País. “Lula é bastante associado a causas
sociais, e essa associação é relevante em um momento de degradação do
emprego, da economia e dos programas de assistencialismo e fomento de
políticas públicas de combate à desigualdade, que vem aumentando no
Brasil.”
No próximo mês, será julgado pelo
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) um recurso apresentado
pelo ex-presidente contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão, por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula foi acusado de receber um
apartamento no Guarujá como propina da empreiteira OAS. O recurso será
analisado no dia 24 de janeiro – se a condenação for confirmada, o
petista poderá ficar legalmente impedido de concorrer novamente à
Presidência da República.
Quedas
Geraldo Alckmin aparece na pesquisa
Ipsos com 19% de aprovação e 72% de desaprovação. No levantamento do mês
anterior, as taxas eram, respectivamente, de 24% e 67%. Isso significa
que o governador paulista teve uma leve deterioração na imagem no
momento em que se preparava para assumir a presidência do PSDB.
Jair Bolsonaro, que tem aparecido em
segundo lugar em pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula, é
aprovado por 21% e reprovado por 62%, segundo o Ipsos. Houve piora de
suas taxas em relação aos dois levantamentos anteriores.
A mesma tendência foi observada nos
números relativos a Marina Silva, vista favoravelmente por 28% e
desaprovada por 62% – desde outubro, a aprovação caiu oito pontos.
No mesmo período, a aprovação a Joaquim
Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e citado como
possível presidenciável pelo PSB, caiu onze pontos, de 48% para 37%.
Metodologia
O Barômetro Político Estadão-Ipsos é uma
pesquisa mensal que monitora a opinião da população sobre
personalidades do mundo político e jurídico. Nenhum presidenciável tem
taxa de aprovação maior do que a de desaprovação. Dos 24 nomes
monitorados em dezembro, apenas Luciano Huck tem avaliação positiva
superior à negativa. O apresentador já anunciou que não vai disputar a
Presidência.
Na primeira quinzena deste mês, foram
feitas 1.200 entrevistas em 72 municípios do País – a margem de erro é
de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
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