No último dia 13, o advogado Pedro Machado de Almeida Castro pediu à
10ª Vara Federal de Brasília que Gustavo Ferraz, ligado ao ex-ministro
Geddel Vieira Lima, seja ouvido em audiência de custódia. Nessa
audiência, que vai acontecer nesta quarta-feira (20), o juiz analisa a
legalidade, a necessidade da prisão e se houve violação de direitos do
preso.
Logo que foi preso, o ex-diretor da Defesa Civil de
Salvador admitiu em depoimento à Polícia Federal (PF) ter buscado
dinheiro em espécie em São Paulo a mando do ex-ministro Geddel Vieira
Lima (PMDB) e entregue por um emissário do ex-presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Fontes do BNews afirmam que Ferraz vai delatar Geddel. Ferraz será ouvido hoje, às 10h30, na sede da Polícia Federal, em Brasília.
Ferraz
foi preso pela Polícia Federal junto com Geddel. Fragmentos de digitais
dele foram encontrados em cédulas dos R$ 51 milhões apreendidos em
Salvador. Numa estratégia de evitar mais exposição, o ex-ministro pediu
para ser dispensado da audiência. O juiz aceitou. Foi na audiência de
custódia da primeira prisão de Geddel, no início de julho, que foram
registradas imagens do ex-ministro de cabelo raspado e aos prantos. Em
relação a Ferraz, para surpresa de sua defesa, não houve definição sobre
o assunto.
O caso agora está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal federal (STF).
Liberdade negada
O
ministro do STJ Rogério Schietti recusou, na noite de terça-feira (19),
o pedido de Gustavo Ferraz, o operador de Geddel Vieira Lima, para ser
solto. Segundo o colunista Lauro Jardim, a defesa de Gustavo Ferraz
alegou não haver provas de seu envolvimento, e afirmou só ter sido
encontrada uma impressão digital parcial do dedo anelar em uma das
sacolas de dinheiro. Para Schietti, há indícios suficientes para a
prisão.
Operação Inimigo Oculto
Deflagrada
hoje pela Polícia Federal (PF), a Operação Inimigo Oculto tem o objetivo
de desarticular um grupo de criminosos que causou quase R$ 1 milhão de
prejuízos aos cofres da Caixa Econômica Federal. Conforme a PF, estão
sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 30 de condução
coercitiva, além de buscas em 3 endereços residenciais. As ordens
judiciais estão sendo cumpridas principalmente em Brasília e Entorno,
mas também ocorrem ações no Pará e na Bahia.
A Justiça Federal
também determinou o bloqueio da quantia aproximada de R$ 950 mil nas
contas dos investigados. As três investigadas que são alvos dos mandados
de prisão são ex-prestadoras de serviço da Caixa e teriam desviado os
valores graças à concessão fraudulenta de 46 empréstimos pessoais, em
sua maioria destinados a familiares e amigos. Os investigados serão
indiciados por estelionato qualificado, falsificação de documento
público, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal, a
partir de agora, vai apurar se houve a participação de empregados da
CEF nos crimes.
20/09/2017
Gustavo Ferraz presta depoimento hoje e promete delatar Geddel
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David Gouveia Notícias
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