O corpo de Loalwa Braz continua no Instituto Médico Legal, após diversos procedimentos burocráticos. Família está revoltada
A cantora Loalwa Braz, da banda Kaoma, assassinada brutalmente em
janeiro, continua sem um sepultamento. Há 45 dias o corpo da artista
continua no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama, no Rio de Janeiro,
aguardando liberação judicial, segundo informaçõess do portal Uol.
O primeiro entrave para a liberação foi a impossibilidade de
reconhecimento da vítima, que foi carbonizada, o que impedia a emissão
de uma certidão de óbito. A opção, recusada pela família, evidentemente,
era que ela fosse enterrada como indigente. Foram solicitados então
exames de DNA.
Pela falta de nitrogênio líquido e reagente – insumos necessários
para a realização da perícia -, o exame de DNA que comprovou a
identidade de Loalwa só saiu alguns dias antes do Carnaval. “A
burocracia me impede de enterrar a minha irmã. Tentamos fazer esse exame
por nossa conta, mas não deixaram e tivemos que esperar a Polícia Civil
do Estado do Rio sair da greve”, afirmou Walter Braz, irmão da
intérprete de “Chorando se Foi”.
Segundo a Polícia, a falta do material se dá “em razão das restrições
orçamentárias conjunturais”, já que o material “vinha sendo obtido por
doações realizadas por universidades, que agora também enfrentam
carência do insumo”. Ainda aguardando uma decisão da Justiça, a família
da cantora quer transportar os restos mortais para Vitória do Espirito
Santo, para que seja enterrado ao lado da mãe.
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David Gouveia Notícias
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