O
menino de 11 anos que foi atacado por um tigre em um zoológico e acabou
perdendo um braço deve ter alta na próxima terça-feira.
Em entrevista exclusiva, o pai, que estava com o garoto na hora da
tragédia, conta pela primeira vez como foi que tudo aconteceu. “Sabe o
que que ele gritou a primeira hora que ele falou que ele estava sem
braço? Ele falou assim: "não mata o tigre". Sem o braço! Ele só pensou
no tigre, em primeiro lugar”, lembra Marcos Rocha.
Esta é a primeira vez em que Marcos do Carmo Rocha tenta explicar a
tragédia que aconteceu com o filho, esta semana, no Zoológico de
Cascavel, no Paraná. Na quarta-feira (30), Marcos tinha levado os dois
filhos - Vrajamany, de 11 anos, e Lorenzo, de 3 - para um passeio de
férias. “Passear no zoológico é uma coisa comum. Eu e meu filho gostamos
dessa natureza, eu trago a proximidade com a natureza e com os animais
para eles. Ele tem dois cachorrinhos, e tem um coelho comigo”, conta.
Um vídeo feito antes do ataque mostra Vrajamany agachado na área que é
proibida aos visitantes. Fica entre a cerca e a grade da jaula. Quando o
menino mexe no bolso, o leão reage. Ele tira um osso de galinha e
oferece ao animal, que não mostra interesse.
A mãe do menino, de quem Marcos está separado há mais de dez anos, diz
que não culpa o ex-marido pela tragédia. Ela prefere não mostrar o rosto
nem ter a identidade divulgada: “Acidente acontece. Podia ter sido o
meu filho, o filho de outra pessoa”, declarou.
A Polícia Civil investiga se houve negligência por parte do pai do
menino ou por parte do zoológico. O delegado responsável pelas
investigações ouviu o depoimento de Marcos do Carmo Rocha no dia em que o
filho dele foi atacado pelo tigre.
As testemunhas e os funcionários do zoológico vão prestar depoimento esta semana.
O advogado afirma que a responsabilidade é do zoológico: “Eles são
prestadores de um serviço, um serviço que tem um perigo inerente e eles
têm a obrigação de proteger os consumidores de eventuais acidentes”,
defende Yvan Gomes Miguel.
O Zoológico de Cascavel tem nove vigias. O responsável pela área dos
felinos cuida também de outras duas áreas. Segundo o veterinário
responsável pelo zoológico, o local cumpre com todas as medidas
obrigatórias de segurança. “Para uma atitude impensada, imprudente, não
há normas técnicas que resistam”, avalia Valmor Passos.
O menino ainda deve ficar internado na ala pediátrica do Hospital
Universitário de Cascavel, pelo menos, até terça-feira (5). Segundo os
médicos, ele se salvou por muito pouco.
As garras do tigre dilaceraram o braço e a mão direita do menino. Os
médicos avaliaram que não havia chance de reconstrução. Como ele estava
perdendo muito sangue, decidiram amputar o braço para salvar a vida do
menino.
“Ele está se alimentando, levanta, conversa, está progredindo bem
rápido. Está se recuperando. Tem que ser forte, porque a vida continua.
Estamos vivos, e a vida continua”, diz a mãe.
Fonte: Fantástico
4 de agosto de 2014
Menino que ficou sem braço após ataque de tigre terá alta na terça
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David Gouveia Notícias
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