Acabou! Partes chegam a acordo e greve da Polícia Militar chega ao fim - David Gouveia Notícias

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17/04/2014

Acabou! Partes chegam a acordo e greve da Polícia Militar chega ao fim

Movimento começou na última terça-feira (15) à noite e terminou nesta quinta (17)

Acabou! Foram mais de quarenta horas de insegurança na capital baiana e uma série de negociações entre os policiais militares grevistas e o governo do estado.  Saques, assaltos, paralisações, prisões e até mortes assombraram Salvador da noite da última terça-feira (15) até o início da tarde desta quinta (17), quando as duas partes chegaram a um acordo e o movimento chegou ao fim.

 No último dia 11 de abril, o governo da Bahia apresentou o novo programa de reestruturação e modernização da Polícia Militar. Dentre as propostas, foram anunciadas medidas como o novo processo de promoção dos praças e oficiais, a emancipação do Corpo de Bombeiros, que passou a ganhar autonomia em suas ações; aposentadoria especial para policiais femininas e, principalmente, a implantação de um novo Código de Ética da categoria.

Bastaram quatro dias para a polícia responder, de forma contundente, que não ficou satisfeita com as novidades e queria mais. Após uma assembleia realizada no Wet'n Wild, na última terça-feira, o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA), Agnaldo Pinto, confirmou a greve alegando que a tropa entendia que "o oferecido era muito pouco". A resposta fez a Bahia lembrar de 2012, quando liderados por Marco Prisco, hoje vereador e coordenador-geral da Aspra, uma das associações da PM envolvidas na greve, os PMs cruzaram os braços e deixaram Salvador a mercê dos bandidos até que as suas exigências fossem cumpridas pelo governo.

Exigências dos grevistas - Os policiais militares cobravam revisão do CET dos Praças na proporção de 25% para os praças administrativos, 45% para os operacionais e 60% para os motoristas; retirada para nova discussão da proposta do Código de Ética e rediscussão das propostas do Estatuto e Plano de carreira; revisão dos projetos administrativos relacionados a mobilização de 2012; além da regulamentação do art.92, nas bases negociadas com o Governo do Estado, Associações e PM. Além disso, os líderes da greve pediam a não punição de policiais que participaram da greve de 2012 e também da atual. Ou seja, anistia.

Apesar da greve deste ano ter durado oito dias a menos do que a de 2012, o balanço foi igualmente aterrorizante.  Mais de 20 mortes registradas e 29 carros roubados, estabelecimentos saqueados, arrastões e muito pânico promovido. A presidente Dilma Rousseff autorizou a ida da Força Nacional para Salvador, estabelecimentos comerciais e faculdades fecharam as portas antes do habitual, premiações e eventos culturais foram adiados, bem como shows e jogos de Bahia e Vitória; até a Guarda Municipal resolveu fazer paralisação por falta de segurança.

(Correio)

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