Movimento começou na última terça-feira (15) à noite e terminou nesta quinta (17)
Acabou! Foram mais de quarenta horas de insegurança na capital baiana e
uma série de negociações entre os policiais militares grevistas e o
governo do estado. Saques, assaltos, paralisações, prisões e até mortes
assombraram Salvador da noite da última terça-feira (15) até o início
da tarde desta quinta (17), quando as duas partes chegaram a um acordo e
o movimento chegou ao fim.
No último dia 11 de abril, o governo da Bahia apresentou o novo programa de reestruturação e modernização da Polícia Militar.
Dentre as propostas, foram anunciadas medidas como o novo processo de
promoção dos praças e oficiais, a emancipação do Corpo de Bombeiros, que
passou a ganhar autonomia em suas ações; aposentadoria especial para
policiais femininas e, principalmente, a implantação de um novo Código
de Ética da categoria.
Bastaram quatro dias para a polícia
responder, de forma contundente, que não ficou satisfeita com as
novidades e queria mais. Após uma assembleia realizada no Wet'n Wild, na
última terça-feira, o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA), Agnaldo Pinto, confirmou a greve
alegando que a tropa entendia que "o oferecido era muito pouco". A
resposta fez a Bahia lembrar de 2012, quando liderados por Marco Prisco,
hoje vereador e coordenador-geral da Aspra, uma das associações da PM
envolvidas na greve, os PMs cruzaram os braços e deixaram Salvador a
mercê dos bandidos até que as suas exigências fossem cumpridas pelo
governo.
Exigências dos grevistas - Os policiais militares
cobravam revisão do CET dos Praças na proporção de 25% para os praças
administrativos, 45% para os operacionais e 60% para os motoristas;
retirada para nova discussão da proposta do Código de Ética e
rediscussão das propostas do Estatuto e Plano de carreira; revisão dos
projetos administrativos relacionados a mobilização de 2012; além da
regulamentação do art.92, nas bases negociadas com o Governo do Estado,
Associações e PM. Além disso, os líderes da greve pediam a não punição
de policiais que participaram da greve de 2012 e também da atual. Ou
seja, anistia.
Apesar da greve deste ano ter durado oito dias a menos do que a de 2012, o balanço foi igualmente aterrorizante. Mais de 20 mortes registradas e 29 carros roubados, estabelecimentos saqueados, arrastões e muito pânico promovido. A presidente Dilma Rousseff autorizou a ida da Força Nacional para Salvador,
estabelecimentos comerciais e faculdades fecharam as portas antes do
habitual, premiações e eventos culturais foram adiados, bem como shows e
jogos de Bahia e Vitória; até a Guarda Municipal resolveu fazer
paralisação por falta de segurança.
(Correio)
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David Gouveia Notícias
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