Pelourinho procura a sustentabilidade

As obras de preservação, reforma, iluminação e requalificação de casarões, igrejas e monumentos do Centro Histórico de Salvador já concluídas representam um investimento de cerca de R$ 35,4 milhões dos governos do estado e federal, com o objetivo de que seja um local bom para os baianos e para os turistas. Outras intervenções, no valor de R$ 27 milhões, estão em andamento, com previsão de conclusão em 2014.

Na próxima quarta-feira (3), o governador Jaques Wagner anuncia, às 9h, no Museu de Arte Moderna da Bahia (Solar do Unhão, Avenida Contorno), em Salvador, novas intervenções no Centro Histórico, no valor de R$ 18,4 milhões. Os recursos serão destinados à reforma e ampliação do Museu de Arte, iluminação cênica de mais quatro monumentos no Pelourinho e à segunda etapa de restauração da Igreja e Cemitério do Pilar.

A obra do MAM está orçada em R$ 15,6 milhões; a iluminação cênica das igrejas do Carmo, Boqueirão, Santo Antônio e do Oratório da Cruz do Pascoal em mais de R$ 1 milhão; e a segunda etapa da restauração da Igreja e do Cemitério do Pilar, em R$ 1,7 milhão.
Na ocasião, o governador também assina a ordem de serviço para obras de manutenção do Palácio Episcopal Cristo Rei e catedral de São Francisco das Chagas, no município de Barra do Rio Grande, orçadas em R$ 443,5 mil.

As intervenções de conservação e restauração promovidas pelo Governo do Estado são um trabalho transversal, que envolve diversas Secretarias e o governo federal, revitalizam e preservam um patrimônio da humanidade reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A requalificação é possível também graças a investimentos em segurança e capacitação de profissionais do turismo.

O policiamento nas ruas foi ampliado. Veículos do tipo van, equipados com rádio para acionar a central de polícia e outras viaturas, são referência para visitantes, moradores e comerciantes, funcionando como unidades móveis das bases comunitárias de segurança. A prevenção e o combate a crimes também conta com um sistema de videomonitoramento eletrônico, cobrindo em tempo real a área entre a Praça Municipal e o Carmo.

Moradores

Por meio do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, um conjunto de obras revitaliza o Pelourinho e bairros vizinhos. Uma das comunidades beneficiadas é a Vila Nova Esperança, antiga Rocinha. Em execução pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), a construção de unidades habitacionais beneficia 66 famílias.

Iniciadas em outubro de 2011, as obras de urbanismo são divididas em etapas. No entorno da Igreja de São Francisco, a sétima etapa, por exemplo, consiste na requalificação de 53 casarões em ruínas, que darão lugar a 40 pontos comerciais e 250 apartamentos a serem comercializados para servidores públicos. A filosofia é trazer moradores para o Centro Histórico, dando uma nova vida e sustentabilidade ao local não só através do turismo, também de moradores.

As melhorias se estendem à substituição e recuperação do pavimento de vias e passeios das principais ruas do Pelourinho.

As calçadas da região passam por uma adequação para a acessibilidade, o que possibilitará a cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais circular em toda a área principal do sítio histórico, por meio de um circuito entre o Terreiro de Jesus e a Casa de Jorge Amado, no Largo do Pelourinho. O investimento do estado no projeto é de R$ 13 milhões.

Imóveis tombados e estratégicos

Desde 2008, foram investidos R$ 28 milhões em serviços de restauro e manutenção de imóveis tombados e estratégicos, com recursos do programa Prodetur 2, do Ministério do Turismo, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco do Nordeste, via Secretaria do Turismo, e contrapartida do Tesouro Estadual.

Entre as construções restauradas, destaque para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. Além da restauração de pinturas, painéis de azulejos e imagens sacras, a igreja ganhou elevadores de acesso e um novo telhado.

Outros monumentos restaurados incluem edificações importantes como o Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, sede da Secretaria de Cultura do Estado, a primeira etapa do complexo da Igreja e do Cemitério de Nossa Senhora do Pilar, no Comércio, e a Igreja do Boqueirão, no Santo Antonio.

A contratação de R$ 115 milhões junto à Caixa Econômica Federal para a recuperação e sinalização de sete quilômetros quadrados de ruas e passeios no Centro Antigo e de 800 metros quadrados no Centro Histórico, foi autorizada por lei específica, publicada em maio no Diário Oficial do Estado.
 Serão beneficiadas mais de 150 ruas e todo o cabeamento de força e comunicação do Santo Antônio passará a ser subterrâneo. Os projetos serão apresentados à Caixa Econômica Federal.

Fonte:bahia.ig.com.br