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| Nasser Al-Khelaïfi, do Catar, é o dono do Paris Saint-Germain (Fotos: Thomas Samson / AFP) |
Entre 1992 e 2003, Al-Khelaïfi, atualmente com 43 anos, foi um jogador profissional de tênis, modalidade que começou a praticar ainda criança. Não se pode dizer que ele tenha sido um atleta de grande sucesso. Sua melhor colocação no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) foi a 995ª e apenas uma vez ele entrou na chave principal de um torneio de elite. Foi em 1996, quando disputou o torneio de St. Poelten, na Áustria, e teve o azar de pegar logo na primeira rodada o melhor jogador austríaco de todos os tempos, Thomas Muster, na época o número dois do mundo. A derrota foi rápida: 6/0 e 6/1.
Apesar de ter sido um tenista sem expressão no cenário mundial, Al-Khelaïfi fez história em seu país. Ele é o segundo jogador com mais vitórias para o Catar na Copa Davis (a competição masculina por equipes do tênis). Foram 12 triunfos em 31 jogos de simples e outros 12 em 16 partidas de duplas, quase sempre contra times de países da região. O empresário ainda mantém forte ligação com o tênis, pois é o presidente da Federação do Catar e um dos vice-presidentes da Federação Asiática da modalidade.
O tênis também proporcionou a Al-Khelaïfi a amizade com Tamim bin Hamad al-Thani, que desde 2013 é o emir do Catar. Os dois jogaram juntos e a boa relação com a autoridade suprema do país deu ao empresário a oportunidade de aumentar uma fortuna que já era grande. Hoje ele é o comandante do Qatar Sports Investment (QSI), braço esportivo do Qatar Investment Authority (QIA), fundo criado pelo governo para investir em diversos projetos espalhados pelo mundo. Além disso, Al-Khelaïfi é também o chefão do BeIN Media Group, um conglomerado de mídia, e de vários outros negócios em diversos países. E é ainda um dos membros do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022.
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| Al-Khelaïfi com seu mais novo reforço, Daniel Alves |
A CHEGADA AO FUTEBOL
O magnata catariano decidiu entrar de cabeça no esporte mais popular do planeta em 2011, quando o QSI comprou o Paris Saint-Germain.
Desde então, não parou de gastar dinheiro para contratar jogadores de alto nível, como Thiago Silva, Ibrahimovic e Di María, e, assim, dominar o futebol da França e ser campeão europeu. O primeiro objetivo foi alcançado com facilidade, mas o segundo insiste em escapar de Al-Khelaïfi.
Na última temporada, o empresário viveu sua maior decepção no futebol quando o PSG foi eliminado da Liga dos Campeões ao ser goleado pelo Barcelona por 6 a 1, após ter vencido o primeiro jogo das oitavas de final por 4 a 0. Ele acusou o duro golpe, mas afirmou que o vexame não o faria desistir do sonho de dominar a Europa.
“Sinto uma mistura de tristeza e raiva”, disse ele ao jornal francês “Le Parisien” na semana da derrota no Camp Nou. “Mas isso não vai mudar em nada nosso projeto. Estamos determinados a ir em frente, não é um resultado ruim que vai nos tirar do nosso caminho. Nossos torcedores sabem que nós vamos continuar ambiciosos na próxima janela de transferências.”
Como que para provar que suas palavras não foram apenas jogo de cena, Al-Khelaïfi tem agora a ambição de protagonizar a maior transferência da história do futebol. Se conseguir contratar Neymar, e dinheiro para isso não lhe falta, ele cumprirá dois objetivos: tornar o time mais forte com a aquisição de um dos melhores jogadores do mundo e deixar bem claro para os gigantes da Europa que não vai sossegar enquanto não passar por cima de todos eles.
CHUTEIRA FC,
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