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| Foto:Câmara Municipal de Inhambupe/BA |
A crise política em Inhambupe ganhou um novo capítulo explosivo após o prefeito Hugo Simões enviar à Câmara Municipal, em regime de urgência, um projeto que autoriza o município a contratar R$ 40 milhões em empréstimo junto à Caixa Econômica Federal. O caso repercutiu amplamente em sites e páginas de notícias da Bahia e agora, com novas denúncias, a polêmica só aumenta.
Vereadores Henrique da Piçarra, Marcelo da Lotérica, Ari de Biu, Keu Batista e Eres do Formoso afirmam que o pedido é irresponsável e sem transparência. Segundo eles, o projeto não traz informações mínimas como destino do dinheiro, prazos, carência, planejamento das obras ou análise clara da capacidade de pagamento do município.
Mas a maior contradição apontada pelos parlamentares é o discurso oficial da prefeitura, que afirma repetidamente que “não tem dinheiro”. Apesar disso, a gestão realizou ou bancou diversas festas de grande porte, incluindo:
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São João milionário, com estrutura robusta e atrações de alto cachê;
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Festa evangélica, com palco, som, iluminação e organização custeadas pela prefeitura;
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Lavagem municipal, realizada no último final de semana, com dois dias de trio elétrico e festa de rua, movimentando gastos elevados.
Para opositores, “não falta dinheiro — falta prioridade”.
Vídeo que circula na internet expõe situação chocante no Hospital Municipal
A situação se agravou ainda mais após viralizar nas redes sociais um vídeo gravado dentro do Hospital Municipal de Inhambupe. As imagens mostram:
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Camas improvisadas, forradas com sacos plásticos,
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Colchões sujos e úmidos,
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Paredes encardidas,
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Caixas d’água expostas e abertas,
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Acúmulo de sujeira no fundo da unidade,
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Estrutura visivelmente abandonada.
O vídeo gerou revolta na população, que questiona como a prefeitura investe pesado em entretenimento enquanto o principal equipamento de saúde do município enfrenta tamanho descaso.
Até a base do prefeito tenta reduzir o valor do empréstimo
A polêmica aumentou quando o vereador Osmar do Entroncamento (PP), aliado do governo, apresentou uma emenda reduzindo o valor da operação para R$ 25 milhões. O gesto foi interpretado por muitos como sinal de desconforto até mesmo dentro da própria base governista.
População questiona prioridades da gestão
Diante de:
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hospital em situação precária,
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festas milionárias,
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discurso de falta de recursos,
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e pedido de novo endividamento,
o clima político em Inhambupe é de desconfiança e indignação.
A pergunta que ecoa nas ruas, redes sociais e agora na Câmara é simples e direta:

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