Em delação premiada homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e anunciada pelo titular da Justiça, Ricardo Lewandowski, o ex-policial militar Ronnie Lessa entregou os mandantes e as circunstâncias do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do seu ex-motorista Anderson Gomes, executados por integrantes do crime organizado em março de 2018 na região central do Rio.
De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (19) pelo portal G1, "foram duas horas de revelações gravadas em áudio e vídeo". "Lessa contou o que mais se buscava dele: quem o contratou para executar o assassinato de Marielle. Além de entregar os mandantes e as circunstâncias da morte da vereadora, o ex-PM deu detalhes de reuniões que manteve com quem o contratou, antes e depois dos homicídios", destacou a reportagem.
O ex-PM não queria fazer o acordo de delação premiada e mudou de ideia após ser apontado pelo ex-PM Élcio Queiroz como o responsável pelos tiros que mataram a ex-vereadora. O delator também admitiu que dirigia o carro de onde partiram os disparos.
Detido na penitenciária federal de Campo Grande (MS), Lessa foi condenado, em 2021, a 4 anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime — pena aumentada depois para 5 anos. O Ministério Público afirma que ele jogou as armas no mar da Barra da Tijuca, no município do Rio.
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