Bolsonaro comenta suposta fraude em cartão de vacina: Não existe adulteração da minha parte - David Gouveia Notícias

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03/05/2023

Bolsonaro comenta suposta fraude em cartão de vacina: Não existe adulteração da minha parte

‘Em momento nenhum eu falei que não tomei a vacina e tomei’, afirmou o ex-presidente, que também disse não ter ‘nada a esconder’


Alvo de uma operação da Polícia Federal que apura suposta fraude de sistemas do SUS para inclusão de dados falsos sobre vacinação contra a Covid-19 permitindo a entrada dos suspeitos nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha participado do esquema e disse estar surpreso com a ação da PF em sua porta.

“Em momento nenhum eu falei que não tomei a vacina e tomei. Nunca me foi pedido cartão de vacina para entrar nos EUA. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina e nunca neguei isso”, declarou o ex-chefe do Executivo, na manhã desta quarta-feira (3), após agentes da PF cumprirem mandado de busca e apreensão em sua residência, em Brasília.

“O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer a vocês é: eu não tomei a vacina! Foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a minha filha Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. De resto, fico surpreso com a busca e apreensão com esse motivo, tá ok? Não tenho mais nada o que falar, conversem com meus advogados”, disse ele.

Na curta conversa com jornalistas, Bolsonaro confirmou ter entregue seu telefone à Polícia Federal, mas alegou não ter dado a senha porque seu aparelho já é desbloqueado. “Meu celular foi levado e o da Michelle. O meu telefone não tem senha, não tenho nada a esconder, sobre nada”, afirmou o ex-presidente. A declaração contradiz a fala da ex-primeira-dama, que negou que seu celular havia sido apreendido.

Deflagrada pela PF na manhã desta quarta (3), a Operação Venire integra o inquérito policial que apura a atuação das “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações visam apurar suspeita de associação criminosa envolvida na inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19.

Até então, a PF constatou fraudes nos cartões de vacinação do próprio Bolsonaro e da filha Laura, além do documento de Mauro Cid, a esposa e a filha do militar, que foi preso pela PF nesta manhã. Durante as diligências desta quarta (3), a Polícia Federal cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva.

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