A Justiça nos Estados Unidos se valeu de um testemunho bastante inusitado para condenar uma mulher pela morte do seu marido. Graças a uma frase repetida várias vezes por um papagaio, a americana Glenna Duram, de 49 anos, foi declarada culpada pelo assassinato de Martin Duran, de 46 anos. O veredito foi determinado na quarta-feira (20).
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Foto: Divulgação |
O marido morreu depois de ser baleado cinco
vezes na casa onde morava com sua mulher, no estado de Michigan, em maio
de 2015. Glenna ficou ferida na cabeça, mas sobreviveu. Ela negou o
crime quando o inquérito foi instaurado, há mais de dois anos.
Entretanto,
de acordo com a ex-mulher da vítima, Christina Keller, o papagaio de
Martin, chamado Bud, repetia frequentemente a frase "Não atire!",
enquanto imitava a voz de seu dono. Ela cuidou da ave após a morte dele.
Os
pais da vítima afirmara à "BBC" que concordam com a possibilidade de o
papagaio ter escutado o casal discutir e depois ficar repetindo suas
últimas palavras.
Um júri
levou oito horas para elaborar a decisão que considerou Glenna Duram
culpada pela morte de Martin Duram. Glenna será sentenciada no dia 28 de
agosto e deve enfrentar prisão perpétua.
"Eu
fico magoada que ambas famílias precisaram passar por isso, porque nós
costumávamos ser próximos e acampávamos juntos", disse a mãe de Martin,
Lillian Duram, à "FOX News".
"Dois
anos é muito tempo para esperar pela Justiça. Se sentar lá (no
tribunal) e vê-la sem expressar emoções ao olhar para as fotos (do
crime), meio que machuca também", acrescentou.
O advogado de defesa, Mark Miller, disse que considera apelar o veredicto.
"Eu
pessoalmente acho que ele estava lá, se lembra do que houve e fica
dizendo isso", havia dito o pai de Matin, pouco depois do crime, à mídia
local. Lillian completou a fala dele dizendo: "Aquela ave pega tudo,
qualquer coisa, e acabou ficando com a boca suja". Ela se referiu ao
palavrão que o papagaio diz na frase em inglês.
Um
promotor no estado de Michigan inicialmente considerava que os sons
emitidos pela ave pudessem ser usadas como evidência no caso do
assassinato de Martin, mas depois abandonou a ideia. Ele justificou que
não era provável chamar o papagaio para testemunhar perante o júri.
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