
 
Após pedido de impeachment da Presidente Dilma Rousseff, artistas e 
intelectuais brasileiros se manifestaram na noite desta terça-feira (8),
 através de uma carta, para rechaçar o que consideram um “retrocesso nas
 conquistas históricas”. “Independente de opiniões políticas, filiação 
ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A 
institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da 
República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o 
cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção 
desse processo democrático”, diz parte do texto, assinado por nomes como
 Chico Buarque, Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Paulo Betti, Arrigo 
Barnabé, Betty Faria, César Callegari, Dacio Malta, Dira Paes, Emir 
Sader, Fernando Morais, Ingra Liberato, Ivo Herzog, José de Abreu e 
Roberto Muylaert.  “Consideramos inadmissível que o país perca as 
conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E
 não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não 
respeite integralmente este preceito”, posicionam-se ao concluir o texto
 do documento.

 
"O oportunismo não engolirá a República", escreveu Alceu Valença nas redes sociais | Foto: Divulgação
O cantor e compositor pernambucano Alceu Valença também se manifestou 
na manhã desta segunda-feira (9), criticando as alianças políticas 
"feitas a partir de interesses os mais mesquinhos e sem qualquer pudor" e
 afirmando que "as guerras partidárias não podem inviabilzar uma Nação. O
 país se encontra parado, no caos. A reestruturação da nossa economia 
não passa necessariamente por um processo de impugnação de mandato, 
cujos fundamentos são questionáveis e o procedimento penoso".
 
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