O Ministério da Educação
anunciou nesta quinta-feira, 4, os 39 municípios selecionados para
receber cursos de medicina, em eles. São cidades com 70 mil habitantes
ou mais que não dispunham de curso superior para a formação de médicos.
Elas estão localizadas em 11 estados – Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo – de quatro regiões do país. O
anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Henrique Paim, em
entrevista coletiva que contou com a presença do Ministro da Saúde,
Arthur Chioro, e da secretária de regulação e supervisão da educação
superior do MEC, Marta Abramo.
Seis municípios da Bahia, estão aptos à criação de cursos de Medicina:
Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina, Juazeiro, com
liberação do Ministério da Educação (MEC).
Outros sete municípios selecionados têm prazo de seis meses para
implementar as adequações recomendadas na rede pública de saúde. Só
então poderão se habilitar a sediar os cursos. Está prevista para
setembro uma chamada pública de apresentação de propostas pelas
instituições privadas de educação superior para a implantação dos cursos
de medicina nos municípios selecionados.
O ministro da Educação, Henrique Paim, destacou que o país está
inaugurando um novo modelo. Antes, havia demanda das instituições de
ensino pela abertura de vagas. Agora, o governo está induzindo a criação
dos cursos de medicina. “O anúncio dos 39 municípios habilitados prova
que atingimos esse objetivo”, disse Paim. O ministro afirmou ainda que
tão importante quanto a expansão das vagas é a preocupação com a
qualidade, tanto que foram estabelecidos vários critérios para a seleção
dos municípios. “Estamos assegurando que serão cursos de qualidade, com
o apoio do poder público municipal.”
O processo de seleção e avaliação dos municípios, realizado por uma
comissão de especialistas, sob a coordenação da Secretaria de Regulação e
Supervisão da Educação Superior (Seres), começou em outubro de 2013. No
total, 205 municípios manifestaram interesse em sediar os cursos e 154
encaminharam a documentação solicitada. Foram pré-selecionados 49.
Destes, 39 preencheram os requisitos para receber os cursos e sete têm
prazo de seis meses para se adequar. Aparecida de Goiânia (GO) e Muriaé
(MG) tiveram cursos de medicina autorizados no período e Picos (PI)
integrou a expansão da rede federal de instituições de educação
superior.
Interiorização — De acordo com a secretária Marta Abramo, os critérios
para seleção dos municípios buscam a interiorização dos cursos de
medicina. “Para participar do edital, os municípios deveriam ter
população superior a 70 mil habitantes, não ser capital de estado e não
ter cursos de medicina no seu território”, disse. “Outra preocupação foi
com os equipamentos de saúde, como ao menos cinco leitos SUS [do
Sistema Único de Saúde] disponíveis por aluno, mínimo de três programas
de residência médica e hospital de ensino ou unidade hospitalar com
potencial para hospital de ensino.”
Há no Brasil 21.674 vagas autorizadas para cursos de medicina, conforme
dados consolidados até 23 de julho de 2014. Desse total, 11.269 estão no
interior e 10.405 em capitais, resultado do processo de interiorização
da educação superior. Até 2012, predominava a oferta de vagas nas
capitais (8.911 do total), enquanto no interior havia 8.772.
Durante a entrevista, o ministro Arthur Chioro apresentou o balanço do
primeiro ano do programa Mais Médicos e o resultado de pesquisa da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o programa.
5 de setembro de 2014
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