A brasileira Catarina Migliorini, 20 anos, está leiloando sua
virgindade, por intermédio de uma produtora australiana. A 'experiência'
faz parte do documentário 'Virgins Wanted', que conta a história de
dois jovens antes e depois da primeira vez.
Os lances, feitos
pela internet, já chegam a 155 mil dólares (cerca de 300 mil reais). Com
o dinheiro, quer abrir uma ONG e investir num projeto de casas
populares para famílias pobres de Santa Catarina, onde nasceu. Veja seu
depoimento à Folha de S. Paulo:
'Estou nesse projeto há dois
anos. Começou quando vi uma reportagem sobre um cineasta australiano que
estava à procura de uma virgem.
Pensei: sou virgem, vou me
inscrever. Foi por impulso que eu, menininha de 18 anos, resolvi me
inscrever. Achei que não receberia resposta.
Pouquinho tempo
depois recebi um e-mail do produtor pedindo para conversar comigo, via
Skype. Depois disso, ele pediu um teste de cena, e gravamos. E assim
foi.
Quando deu certo, fiquei feliz. Eu era de uma cidade pequena
em Santa Catarina [Itapema, norte do estado], e um cineasta australiano
me escolheu! Pensei: vou seguir com isso e ver onde vai dar.
E
aqui estou. Vim direto para a Indonésia, há um mês, gravar o
documentário. Vai relatar a minha vida e a do Alex [Stepanov], dois
virgens.
Nunca fizemos sexo e estamos a ponto de fazer com uma pessoa desconhecida.
Neste momento, estou em um hotel, em Bali. É como um reality show, mas sem filmagens o dia inteiro.
Uma das partes do documentário é um leilão, na internet, em que o prêmio é a minha virgindade. Não penso muito no valor.
Sempre fui uma menina muito, muito romântica. Quando souberam, minhas amigas não acreditaram.
O que eu posso te dizer agora é que o leilão, para mim, é um negócio.
Mas não deixei de ser romântica de forma alguma. Acredito com todas as
forças no amor.
Nunca tive namorado. O meu primeiro beijo foi aos
17 anos. Enquanto muitas meninas da minha idade tinham feito muitas
coisas, não sabia o que era sexo. Hoje sei, tem os meios de comunicação,
né?
O leilão termina em 15 de outubro. Depois, vamos ter uns dez
dias para organizar o local e para o vencedor fazer os exames para
provar que não tem nenhuma doença sexualmente transmissível.
Também vou mostrar um teste para provar que sou virgem. E aí vou ter
minha primeira vez. Ela vai acontecer nos ares. A produtora vai alugar
um avião particular, que vai da Austrália para os EUA.
O ato será
consumado no céu. Pensamos nisso para que não haja nenhum problema com a
legislação dos países [prostituição não é crime em território
brasileiro, mas tirar proveito dela, seja de que forma for, configura um
delito].
É claro que a minha primeira vez não será filmada. Não é
pornô, senão eu morreria de vergonha. O produtor vai filmar até eu
entrar no avião.
O vencedor do leilão vai ter direito a ficar ao menos uma hora comigo. Mais que isso, vai depender do momento.
O comprador não pode levar outra pessoa, querer realizar fantasias,
usar brinquedo sexual, nada. Também é obrigatório o uso de camisinha e
só pode tirar a virgindade, nada mais.
Conversar pode. Mas beijar, não. Beijar não está no contrato.
Imagino que vá ser um homem com uma idade superior à minha. Mas não
fico criando expectativa. Não espero que seja um mar de rosas, mas, de
repente, pode ser um cara legal, compreensivo, que pense: ‘Poxa, vamos
com calma, a guria é virgem’.
Para mim, não é prostituição.
Quando alguém faz uma coisa uma vez na vida, não é considerado dessa
profissão. Se você tira uma foto e sai legal, não é fotógrafo por isso.
Não vejo problema com a prostituição. É a profissão mais antiga do
mundo e deveria ser legalizada. Há uma frase de um filósofo que gosto
muito, o Henry Thoreau: ‘A opinião alheia é um fraco tirano se comparada
com a nossa opinião sobre nós mesmos’.
O que mais me preocupa é que a minha família sofra.
Meu pai soube nesta semana. Quando vi que iriam sair as primeiras
matérias, decidi contar. A princípio, ficou meio nervoso e não gostou.
Mas depois que mostrei minhas ideias, ele se acalmou.
O dinheiro
vai ficar todo para mim, não com a produtora. Pretendo criar um projeto
que ajude as famílias a terem seu próprio lar. Não sou hipócrita de
dizer que vou usar todo o valor para isso.
Meu plano também é
estudar medicina na Argentina. Já estava até matriculada, mas decidi
adiar e vou em 2013. Tenho 20 anos, sou responsável pelo meu corpo e não
estou prejudicando ninguém.'
( www.jornalpequeno.com.br)
27 de setembro de 2012
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Lances por sexo com brasileira virgem chegam a US$ 155 mil
Lances por sexo com brasileira virgem chegam a US$ 155 mil
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