Lula diz ser vítima de manobras do STF e fala em ‘tocaia’ - David Gouveia Notícias

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03/07/2018

Lula diz ser vítima de manobras do STF e fala em ‘tocaia’

Em carta lida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ex-chefe do Planalto disse que candidatura será registrada no dia 15 de agosto na Justiça Eleitoral


O ex-presidente Lula (PT) disse ser vítima de “manobras” do Supremo Tribunal Federal (STF) e reafirmou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, em carta lida nesta terça-feira (3) durante reunião da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann.

“Não estou pedindo favor. Estou exigindo respeito. […] Se não querem que eu seja presidente, a forma mais simples de o conseguir é ter a coragem de praticar a democracia e me derrotar nas urnas. Não cometi nenhum crime; por isso, até que apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou candidato à Presidência da República. Desafio os meus acusadores a apresentar esta prova até 15 de agosto, quando minha candidatura será registrada na Justiça Eleitoral”, afirmou o petista, no manifesto.

Ao defender que tem sido vítima de uma “tocaia” do Judiciário, Lula criticou integrantes do Supremo. “Já não há razões para acreditar que terei justiça. O que vejo agora no comportamento público de alguns ministros da Suprema Corte é a mera reprodução do que se passou na primeira e segunda instâncias”, disse.

“Primeiro, o ministro [Edson] Fachin retirou da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal o julgamento do habeas corpus que poderia impedir minha prisão e o remeteu para o plenário. Tal manobra evitou que a Segunda Turma, cujo posicionamento majoritário contra a prisão antes do trânsito em julgado já era de todos conhecido, concedesse o habeas corpus”, continuou.

“Em seguida, na medida cautelar em que minha defesa postulou efeito suspensivo do recurso extraordinário para me colocar em liberdade, o mesmo ministro resolveu levar o processo para a Segunda Turma diretamente, tendo o julgamento sido pautado para o dia 26 de junho. A questão posta nesta cautelar nunca foi apreciada pelo plenário ou pela turma, pois o que nela se discute é se as razões do meu recurso são capazes de justificar a suspensão dos efeitos do acordão do TRF-4, para que eu responda o processo em liberdade. No entanto, no apagar das luzes do dia 22 de junho, poucos minutos depois de publicada a decisão do TRF-4, que negou seguimento ao meu recurso, o que ocorreu às 19h05? Como se estivesse armada uma tocaia, a medida cautelar foi dada por prejudicada e o processo, extinto. Artifício que, mais uma vez, evitou que o meu caso fosse julgado pelo órgão judicial competente”, acrescentou.

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