O
Ministério da Saúde decidiu fechar todas as unidades próprias do
programa Farmácia Popular. A partir de maio, 393 unidades deixarão de
fornecer medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto.
Lançado
em 2004, pelo Presidente Lula, o Farmácia Popular atende a toda
população e é dirigido, sobretudo, às pessoas que não têm condições de
pagar caro por seu medicamento e, por isso, muitas vezes interrompe o
tratamento. Entre as pessoas de baixa renda, o que mais pesa no bolso
são os medicamentos (61% das despesas com saúde).
Nas
unidades próprias estão disponíveis 107 medicamentos, considerados
essenciais, que tratam hipertensão, diabetes, úlcera gástrica,
depressão, asma, infecções e verminoses. Além dessas, estão disponíveis
produtos com indicação nos quadros de cólicas, enxaqueca, queimadura,
inflamações e alcoolismo, além dos anticoncepcionais.
A
decisão de fechar as farmácias vai atingir especialmente os idosos.
Nessa faixa etária a incidência de doenças crônicas, como a hipertensão e
o diabetes, é bem mais comum. Também é nessa fase da vida em que as
pessoas já estão aposentadas e com a renda limitada, o que faz que parte
dessa renda fique comprometida com a manutenção e recuperação da saúde,
como a aquisição de medicamentos.
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David Gouveia Notícias
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